Atualmente, o promissor setor imobiliário é muito diverso e conta com um número expressivo de corretoras
Ao longo dos anos nos últimos séculos, as mulheres foram em busca de suas conquistas sociais, políticas e econômicas, e suas lutas são lembradas constantemente, especialmente no Dia Internacional da Mulher, oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, e comemorado no dia 8 de março. Esses protestos trouxeram mudanças significativas em diversos âmbitos da sociedade, incluindo o mercado de trabalho.
Após décadas de reivindicações pelos seus direitos na sociedade, as mulheres conseguiram preencher lentamente seus espaços no sistema trabalhista. Historicamente, essa ocupação ocorre desde a Segunda Revolução Industrial, quando as operárias passaram a ter suas próprias jornadas de trabalho na indústria. Na época, começaram suas manifestações, repetidas vezes, contra as condições precárias que enfrentavam em seus ambientes de trabalho, principalmente se comparadas às realidades masculinas nos mesmos lugares.
Em diversos setores da sociedade, as mulheres foram à luta para igualar seus direitos aos dos homens — e não seria diferente no setor imobiliário. As conquistas femininas neste segmento aconteceram gradualmente, com as mulheres sendo “permitidas” a atuarem nesta área apenas a partir de 1958. Assim, passaram a ocupar seus lugares em cargos de gerências e a participar ativamente em entidades da classe, tais como Creci e Secovi.
A mudança pelo Tribunal de Justiça para as mulheres integrarem esse setor aconteceu em 1958, porém, a participação feminina na categoria apenas cresceu significativamente nos anos 1990. Um relatório da Kuser compartilhado em 2019 mostrou que, na época, o Brasil contava com mais de 100 mil corretoras de imóveis — isto é, elas representavam 30% da profissão. Número que segue crescente desde então. Em 2013, uma pesquisa do COFECI (Conselho Federal de Corretores de Imóveis) explicitou que nos últimos 10 anos, até o momento da análise, o número de mulheres no mercado imobiliário crescera 144%.
Realidade e rotina do setor imobiliário
Atualmente, o COFECI relata que as trabalhadoras ocupam 34% dos profissionais legalmente registrados. Localizada em Mato Grosso, Cuiabá não ficaria fora dessa rota de avanço do segmento, tanto do mercado imobiliário quanto da chegada da mulher a essa categoria.
O setor imobiliário teve um crescimento expressivo em Cuiabá nos últimos anos, mas nem sempre foi assim. Rosa Sartor Grando, Diretora Geral da Rosa Imóveis, localizada na cidade, conta sobre sua experiência na área: “O setor era muito deficiente, e foi o que me incentivou e motivou [a fazer parte].”
Além de estar desenvolvido, Grando também acredita que, nos dias atuais, é um espaço diverso, com todas as pessoas ocupando os cargos que desejam. “[Houve] dificuldades por ser um mercado mais voltado para homem, porém nós mulheres avançamos e vencemos essa barreira,” fala.
Em geral, para atuar no seguimento e obter o registro como corretor, é necessário concluir algum desses cursos:
- TTI (Técnico de Transações Imobiliárias);
- Curso Superior de Tecnologia em Negócios Imobiliários;
- Curso Superior de Gestão em Negócios Imobiliários;
- Pós-graduação em Negócios Imobiliários.
Por ser um setor que depende constantemente do cliente, Grando comenta que a rotina é muito diversa, variando de acordo com as necessidades dos consumidores. A profissional explica: “Cada cliente que trabalhamos tem suas peculiaridades, nós vendemos sonhos, temos uma preocupação em atender bem e passar credibilidade para o cliente. O maior desafio é a conquista do próprio cliente, pois é através disso que finalizamos a venda.”
O setor imobiliário e a pandemia
Desde a chegada da pandemia de Covid-19, em março de 2020, o Brasil enfrentou incertezas em todos os seus setores, e assim também foi com o imobiliário. Apesar das dificuldades desse longo período, esse campo conseguiu prosperar.
Mesmo com a alta da inflação e as implicações econômicas por consequência dos anos gravíssimos de Covid-19, o mercado imobiliário em Cuiabá cresceu 21,23% em 2021 se comparado à movimentação em 2020, segundo um estudo divulgado pelo Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT).
Em 2021, na cidade, o mercado acumulou recordes no número de imóveis comercializados e valores transacionados. Esse aumento também explica a grande movimentação da profissão atualmente. Dados da Creci-MT de março de 2022 mostram que, em Mato Grosso, tem-se 5.115 PFs (Pessoas Físicas) ativas e 358 PJs (Pessoas Jurídicas) ativas nesse ambiente de trabalho.
Sobre essa realidade, a Diretora Geral da Rosa Imóveis conta: “Com a pandemia, em alguns momentos nos deparamos com um pouco de insegurança e medo, mas o setor superou as expectativas. E, nos próximos anos, tudo indica que [o setor] deverá continuar crescendo.”
“Nós fazemos parte da ABMI [Associação Brasileira do Mercado Imobiliário], e isso nos dá muita credibilidade. Para 2022, o mercado está otimista mesmo com o aumento dos juros bancários para financiamento. E, para quem quer investir, o momento é agora, porque muitos empreendimentos estão sendo lançados,” conclui.
Por que investir no Vinhedos Cuiabá?
Assim como Rosa Sartor Grando comenta, a hora de pensar sobre seus futuros investimentos é agora. O Vinhedos Cuiabá, primeiro bairro planejado da região do Santa Rosa, que é “baseado” no conceito das “smart cities”, explora diversos diferenciais como pet park, eletroposto, bicicletário, entre outros. Todo o planejamento do bairro busca garantir um espaço extraordinário para seus moradores, que vão encontrar segurança e conforto em um único lugar.