Busca pela instalação da tecnologia, fonte geradora de energia limpa, teve crescimento de quase 50% no primeiro semestre deste ano

O crescimento do uso da energia solar no Brasil é uma prova dos inúmeros benefícios trazidos pelo uso dessa fonte geradora de energia limpa. Só no primeiro semestre deste ano, a instalação de placas fotovoltaicas para gerar energia a partir da luz do sol cresceu quase 50% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Os clientes residenciais alcançam 80% desses novos sistemas.
Entre os meses de janeiro e junho, foram instalados um total de 1,5 milhão de quilowatts, o suficiente para abastecer mais de 180 mil imóveis. Estes números colocam o Brasil entre os países top 10 no uso de energia solar, de acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA).
Apesar da pouca representação na matriz elétrica do Brasil, com participação de menos de 2% da capacidade instalada atual, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a tecnologia tem avançado nos últimos anos. Em 2020, entre todas as fontes de energia no Brasil, essa foi a com maior crescimento.
E é realmente cada vez algo mais comum encontrar no topo de casas, prédios, estabelecimentos comerciais e indústrias os painéis captadores de energia voltados para o céu. A energia solar é sustentável, de baixo impacto ambiental, econômica, valoriza o imóvel e é de fácil instalação. Mas mesmo com tantos benefícios, sua instalação, manutenção e funcionamento ainda geram muitas dúvidas entre a população.

Alguns estudos demonstram que a instalação da energia solar traz forte redução nas despesas com a conta de energia elétrica, podendo gerar uma economia de 95% no fim do mês e cobrir até 100% do consumo de energia.

Tipos de energia solar: fotovoltaica e térmica

Os dois modelos de energia solar mais conhecidos são a fotovoltaica e a térmica, as duas com características bem distintas. A fotovoltaica gera energia elétrica diretamente dos raios solares, enquanto a térmica (conhecida como aquecedor solar) utiliza o calor do sol para aquecer líquidos.

Fotovoltaica: Conhecida também como FV, a fotovoltaica transforma os raios solares em eletricidade diretamente, com a captação da luz do sol pelos painéis chamados de módulos fotovoltaicos. A energia gerada é transportada até o inversor solar que irá convertê-la pelo sistema da rede elétrica. Para que a transformação de radiação solar em energia elétrica seja realizada de modo mais eficaz, é necessário que a luz do sol incida diretamente nos painéis solares. Depois da conversão, a energia vai para o seu “quadro de luz” e é distribuída para o imóvel, possibilitando o uso de qualquer aparelho que utilize energia elétrica. Uma questão importante: o sistema fotovoltaico funciona mesmo em dias nublados, porém a produção de energia será menor.

Térmica: Também chamada de termossolar ou fototérmica, a energia solar térmica usa o calor do sol diretamente para aquecer outro meio, geralmente água. Neste sistema usa-se placas ou tubos a vácuo para captar o calor do sol e transferir o calor para um líquido. A energia solar térmica é normalmente usada para produzir água quente para chuveiros, piscinas ou até mesmo em processos industriais ou de refrigeração. Em dias com menos incidência de raios solares (nublados ou chuvosos), os aquecedores solares possuem uma resistência elétrica ou um aquecedor a gás para auxiliar que a água atinja a temperatura ideal.

Os principais benefícios da energia solar

Alguns estudos demonstram que a instalação da energia solar traz forte redução nas despesas com a conta de energia elétrica, podendo gerar uma economia de 95% no fim do mês e cobrir até 100% do consumo de energia. Apesar de estar se popularizando, o investimento ainda é um pouco alto para o padrão geral brasileiro. Um projeto para uma residência pode variar entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, dependendo do tamanho da casa e do consumo de energia da família. Normalmente, esse investimento é pago em cinco ou seis anos de uso.
Um dos maiores problemas ambientais na atualidade é alta demanda de energia elétrica, que geralmente depende de imensas áreas e intervenções na natureza, como são os casos da energia vinda de hidrelétricas e parques eólicos. O processo de geração de energia solar também é reconhecido como o mais sustentável entre todos, sendo limpo do início ao fim, não causando impactos na natureza. Ela é abundante, renovável, silenciosa e não poluente.

Outros benefícios no uso da energia solar são:

• É silenciosa;
• É uma fonte de energia gratuita;
• Mínima necessidade de manutenção;
• Fácil de instalar e barata de manter;
• Vida útil de 25 anos;
• Ocupa pouco espaço e valoriza o imóvel;
• Pode ser usada em áreas isoladas da rede elétrica;
• Equipamentos fotovoltaicos podem ser reciclados.

Cuiabá e a energia solar no Vinhedos

Ensolarada a maior parte do ano, Cuiabá é a primeira colocada no ranking da energia solar no país, aponta estudo divulgado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A capital mato-grossense apresenta 79,9 megawatts (MW) instalados, o que representa 1,3% de toda a energia solar instalada no Brasil. Entre os estados, Mato Grosso está na quarta colocação.
O respeito pelo meio ambiente e o uso da tecnologia em busca de soluções práticas para o cotidiano são marcas do estilo de vida que será proporcionado aos futuros moradores do Vinhedos, primeiro bairro planejado da região do Santa Rosa, em Cuiabá. E o uso da energia solar, limpa e sustentável, promove justamente medidas que reduzem o impacto ambiental, do mesmo modo que o tratamento seletivo de resíduos sólidos e as maneiras alternativas e menos poluentes de transporte.