Diferentes modalidades de crédito, com valores acessíveis e juros mais baixos, são oferecidas pelo governo e por empresas privadas
Adquirir a casa própria é um desejo de muitos brasileiros. Porém são poucos que têm o privilégio de conseguir concretizar esse objetivo de vida sem assumir nenhum tipo de dívida, com o pagamento à vista. A grande parcela da população precisa recorrer a algum tipo de financiamento imobiliário para conquistar a casa própria e esse conjunto de condições é chamado de linha de crédito habitacional.
Diferentes linhas e modalidades de financiamento são oferecidas pelo governo e também por empresas privadas para pagar as parcelas da casa. Essa competitividade entre financeiras e bancos traz vantagens ao público, que tem à disposição programas com valores acessíveis e juros mais baixos.
Expectativa de crescimento
O financiamento imobiliário atingiu números expressivos no Brasil em 2021, com mais de R$ 200 bilhões em créditos. De acordo com balanço divulgado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), entre os meses de janeiro e novembro de 2021, foram financiados com fundos da poupança 804,3 mil imóveis, ou seja, 116,9% a mais que o mesmo período do ano anterior. Já para 2022, as perspectivas do mercado imobiliário são positivas, pois esse é um investimento consistente e uma saída para quem quer se livrar do aluguel.
Como funciona o financiamento imobiliário?
A linha de crédito oferecida no financiamento imobiliário funciona de maneira que a instituição financeira paga ao vendedor o valor negociado e, a partir desse momento, o comprador passa a ter uma dívida direto com o banco/instituição financeira. Vale ressaltar que as instituições financeiras precisam ser regulamentadas pelo Governo.
As principais exigências feitas ao comprador são a maioridade de 18 anos, não haver restrições ao crédito junto aos órgãos de proteção e comprovar capacidade financeira de arcar com o financiamento. É necessário também informar o valor do imóvel desejado. A linha de crédito vale para a aquisição de imóveis novos, usados ou em construção, além de terrenos.
Após o pedido do financiamento imobiliário, o solicitante passa pela etapa chamada de análise de crédito, seguida da aprovação do cadastro. Com a aprovação do cadastro, a instituição contratada informa o valor disponível para o perfil do solicitante. Na maior parte dos casos, libera-se 80% do valor total do imóvel para financiamento.
Se a parte requerente entender que a proposta feita pela instituição é justa, é realizada a transação. O valor é pago pelo banco diretamente para o proprietário da casa, apartamento ou terreno. Com o pagamento das parcelas realizados durante o período determinado em contrato, não se corre o risco de ter o nome sujo e nem mesmo ter o novo bem tomado pela instituição financeira por falta de pagamento.
Em geral, é necessário o pagamento de, no mínimo, 20% do valor de compra do imóvel como sinal de negócio, ou promessa de compra e venda, além do pagamento das taxas e custos relativos à documentação do imóvel. Os juros variam entre 9% e 12% ao ano, além da correção pela TR e o seguro, que varia de acordo com a idade do solicitante.
Os documentos básicos exigidos pelas financeiras são seguintes (nos casos de pessoa física):
- Documento de identidade;
- CPF;
- Comprovante de renda atualizado;
- Certidão conjunta de débitos de tributos federais;
- Certidão de casamento (se for o caso).
No caso de pessoas jurídicas, adiciona-se a apresentação de:
- Contrato Social ou Estatuto Social original;
- Certidão Negativa de Débito do INSS;
- Certificado de Regularidade do FGTS (CRF);
- Certidão de Quitação de Tributos Federais (CQTF).
Qual o melhor financiamento de imóveis?
Existem diversos tipos de financiamento imobiliário para adquirir a casa própria, e a escolha depende do perfil e da realidade financeira do comprador do imóvel. Dentre as opções disponíveis no mercado, os financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) são os mais utilizados. Esse tipo de contrato atende, principalmente, quem pretende adquirir um imóvel residencial, urbano ou rural, de até R$ 95 mil.
Após escolher o modelo de financiamento é importante fazer simulações para saber o custo efetivo das operações e comparar condições, observando qual a mais adequada às necessidades e desejos do comprador.
Determinada linha de crédito, por exemplo, pode apresentar uma prestação mensal mais elevada, mas no final seu custo pode sair mais em conta por ter menos juros e prazo mais baixo de quitação. Ao final, uma economia seria feita e a quitação do bem adiantada. Confira as principais linhas de crédito disponíveis no Brasil:
Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE): Nesta linha de financiamento, em que as instituições financeiras utilizam na captação de recursos a poupança, os prazos para pagamento são maiores. Mas é importante lembrar que elas não podem ultrapassar 30% da renda do contratante. Dois itens atraentes deste modelo são as taxas de juros mais baixas que as demais linhas e o financiamento em até 35 anos. Vale ressaltar que ele é destinado à compra de imóveis novos ou usados entre R$ 216 mil e R$ 950 mil.
Sistema Financeiro de Habitação (SFH): Programa de financiamento criado em 1964 por meio de lei, a iniciativa tem como objetivo a redução do déficit habitacional do país, com o oferecimento de crédito a longo prazo com juros baixos. Com a Caixa Econômica Federal como principal intermediária, esse modelo tem entre suas fontes de recursos o FGTS e a caderneta de poupança. O programa do governo federal, Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa Minha Vida), também faz parte do SFH.
Pró-cotista: Esse modelo de financiamento é interessante por ser oferecido por bancos públicos, sendo exigido que o comprador tenha ao menos três anos de contribuição para o FGTS, além de ter pelo menos 10% do valor do imóvel em sua conta do Fundo de Garantia. Outra particularidade do Pró-cotista é que o valor máximo do imóvel deve ser de R$ 1,5 milhão, válido para imóveis novos ou usados, além da possibilidade de financiamento da construção em terreno.
Sistema Financeiro Imobiliário (SFI): Essa modalidade de financiamento, ao contrário das outras, não tem um limite de valor para o empréstimo. Por sua vez, o SFI tem as taxas mais altas que os juros das demais modalidades, uma vez que os bancos correm mais riscos nesses financiamentos por serem as próprias instituições que financiam o valor, não utilizando a poupança dos correntistas ou o Fundo de Garantia. Como garantia, os imóveis financiados pela SFI ficam alienados até que sejam completamente quitados.
Construir no Vinhedos
O mercado imobiliário do Mato Grosso tem apresentado um ótimo ritmo de crescimento nos últimos anos, como demonstra esse texto postado em nosso blog. E a chegada do Vinhedos, primeiro bairro planejado do Santa Rosa, será mais um fator responsável por manter o bom momento do mercado imobiliário mato-grossense, com um empreendimento moderno, aliando qualidade de vida, segurança, lazer e comodidade aos moradores.