Jogos e atividades tiram garotada do mundo virtual e trazem uma série de benefícios para o desenvolvimento das saúdes física e emocional
Todos sabemos da importância da fase infantil – ou melhor, a forma como ela é usufruída – para o desenvolvimento de um ser humano. É neste período que se aprende a ter percepção sobre si mesmo e sobre o mundo que o rodeia, e é aí que entram as brincadeiras como uma forma divertida de aprender.
As brincadeiras ao ar livre, em contrapartida ao entretenimento das telas de televisões, smartphones e computadores, permitem as crianças desenvolverem a motricidade, aprimorando a coordenação motora, a organização espacial e o equilíbrio, e ampliando as noções de força, distância, velocidade e altura, ao andarem, pularem, correrem etc. Além disso, elas estimulam a criatividade e os sentidos humanos, possibilitando conhecer novos cheiros, cores e texturas e, através da interação com outras crianças, adultos ou objetos, ampliam a compreensão sobre o outro.
A saúde agradece
Além dos benefícios já mencionados acima, o contato das crianças com a natureza propicia o fortalecimento do sistema imunológico e um gasto maior de energia, o que pode prevenir a obesidade infantil e contribuir para a qualidade do sono e para o alívio de tensões.
Pesquisas também mostram que este contato tem impacto direto na saúde emocional da criança, podendo ajudar a reduzir significativamente os sintomas de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, e do estresse.
Com a redução de áreas verdes em grandes centros urbanos e as diversas opções tecnológicas à disposição, o contato das crianças com a natureza e as brincadeiras ao ar livre vão perdendo espaço para as telas, e os jogos ficam retidos no mundo virtual, o que é bem preocupante, e houve um alto impacto principalmente com a pandemia. Um estudo realizado na China e publicado em janeiro deste ano pela revista científica “Jama Ophthalmology” mostrou que os casos de miopia entre crianças com aproximadamente 6 anos de idade aumentaram cerca de 400 % nos primeiros meses de pandemia.
Que tal colocar as crianças para brincar um pouco fora de casa?
Pular corda
A criança pode praticar esta atividade tanto sozinha, com uma corda menor para uso individual, quanto em grupo, com uma corda maior, precisando, ao menos, de mais duas crianças para cada uma segurar uma ponta. Além de ser um exercício aeróbico muito bom, pular corda melhora a coordenação motora, a resistência cardíaca e muscular, e auxilia na vitalidade. Além disso, para tornar a brincadeira mais interessante para a criança, há algumas canções para embalar os saltos, como as conhecidas “um homem bateu em minha porta” e “suco gelado”.
Esconde-esconde
Uma das brincadeiras mais clássicas de infância para ser jogada em grupo. Uma criança deve permanecer de olhos fechados encostada em algum local (que é chamado de ponto de bater-cara) enquanto conta até um determinado número, para que dê tempo das outras se esconderem. Ao término da contagem, esta criança parte na busca das escondidas e, ao achar alguém, deve voltar correndo ao ponto de contagem e dizer “fulano, pego”. Quem for pego, perde e será o próximo a contar. Para se salvar, as crianças devem tentar chegar neste mesmo ponto, dizer o seu nome e gritar “salvo 1,2,3”.
Pega-Pega
Tá aí uma brincadeira para colocar as crianças para queimar calorias e gastar energia. Uma criança fica encarregada de ser “a pegadora”, enquanto as outras devem correr e evitar de serem pegas. Quem for tocado, automaticamente, passa a ser o próximo pegador, dependendo do método de brincadeira. Há uma variação chamada “Pega Gelinho”, por exemplo, em que as crianças apanhadas devem permanecer congeladas, sem se moverem. Para aumentar a dificuldade, as crianças que ainda não foram pegas podem descongelar os coleguinhas com um toque na mão.
Jogos com bola
Com apenas uma bola em mãos e, pelo menos, um parceiro, o tédio nunca tem vez, pois é possível se aventurar em diversos jogos.
- Queimada: o grupo é dividido em dois times. Quem tiver a posse da bola deve arremessá-la e tentar queimar (atingir) as pessoas do grupo adversário, até restar apenas um, o vencedor.
- Pelada/ Racha: a versão informal do futebol, clássico das ruas. Precisa-se de, no mínimo, dois jogadores para ficarem em times opostos. A trave é improvisada, podendo ser demarcada com chinelos, pedras etc., e o objetivo, claramente, é marcar gol.
- Bobinho: o mínimo de jogadores são três. Um deles fica ao centro, no papel de “bobinho”, enquanto os outros arremessam a bola ao alto, um para o outo. Se o bobinho conseguir pegar a bola, o último a ter tocado nela passa a ser o próximo a ficar com a função.
Espaço de sobra no Vinhedos
No bairro Vinhedos, falta de espaço não será desculpa para as crianças permanecerem em casa, conectadas aos aparelhos tecnológicos. Com muita segurança e infraestrutura, os pais podem ficar despreocupados e deixar a criançada explorar estas e outras brincadeiras ao ar livre, pois como vimos, os benefícios são inúmeros. Além da aproximação com a natureza, com trilhas, Jardim Botânico e Jardim Francês, o bairro dispõe de espaços como quadra de beach tennis e pista de skate e patins.