Karen Takashima: “amo demais a arquitetura”

Karen Takashima: “amo demais a arquitetura”

Arquiteta de Cuiabá mantém em seu portfólio projetos de edifícios comerciais e residenciais, além da elaboração de design de interiores

Um encantamento pela arquitetura. Assim, em entrevista ao Blog Vinhedos, a arquiteta Karen Yumi Takashima, do escritório Karen Takashima Arquitetura, de Cuiabá, define a sua paixão pela profissão que escolheu. Completando 10 anos de formada este ano, Karen estudou Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), com pós em Construções Sustentáveis pela INBEC/UNICID, de São Paulo.

A arquiteta e designer mato-grossense abriu seu escritório assim que se formou, enquanto colaborava paralelamente em projetos do escritório de um de seus professores da faculdade. Hoje em dia, Karen se transformou em uma profissional com múltiplas facetas dentro da arquitetura. Em seu portfólio, há diversos projetos de edifícios comerciais e residenciais, além da elaboração de design de interiores. E assim, da “sorte” de ter passado no vestibular como ela mesmo diz, Karen Takashima conquistou um espaço valoroso dentro da profissão.

“Confesso que nunca sonhei em ser arquiteta, mas acabei me encantando pela profissão pouco a pouco. Durante a faculdade, comecei a gostar e me apaixonei ainda mais quando comecei os estágios. E, hoje, eu amo demais”

É possível observar em seu portfólio que seus projetos são os mais variados, de edifícios comerciais a design de interiores. Como trabalhar da melhor maneira em projetos de estilos tão diferentes?
Eu comecei com projetos de médio e grande porte, edifícios comerciais e residenciais, antes mesmo de me formar, desde 2010, durante os estágios. É o que eu já gostava, desde o início, de fazer. Interiores foi algo que eu não tinha muita afinidade, mas fazia um projeto ou outro, por pedido dos parentes, mas com o tempo acabei gostando muito e vi que uma coisa ajudava a outra. Ao mesmo tempo que fui tendo mais experiência com os projetos de interiores, os meus projetos de maior porte foram melhorando também, pois fui entendendo que muitos projetos nascem de dentro para fora. O que eu gosto na arquitetura é essa coisa multi, plural, nunca fazemos a mesma coisa. Mesmo que se faça apenas projetos residenciais, por exemplo, você já tem uma gama de trabalhos, porque cada cliente é diferente. Mas fazendo vários tipos de projeto, tenho contato com várias coisas, e meu dia a dia é bem dinâmico. Gosto muito disso.

Cite alguns de seus principais projetos, aqueles em que o resultado mais te orgulhou.
Tenho dois projetos que lembro logo de cara. O primeiro é o Park Líbano, uma torre residencial onde tivemos um resultado estético bem legal na fachada. Esse projeto fiz em coautoria com a Arqprojet Arquitetura & Planejamento, o escritório do meu professor e que já fizemos várias parcerias. Neste projeto, aprovamos o estudo de fachada de primeira com a construtora. Foi um sucesso de vendas e era algo muito desafiador, porque o terreno era tipo uma “linguiça”, muito comprido, difícil de aplicar e, com uma solução relativamente simples de fachada, conseguimos um resultado estético bacana. O outro projeto (Edifício Reolon) é um que fiz em parceria com uma amiga da faculdade. Foi um edifício multifuncional residencial e comercial, em Sorriso (MT), e por ser um prédio de pessoa física, e não de uma construtora, tivemos um pouco mais de liberdade para trabalharmos nele. Também havia o desafio de ser um terreno pequeno, mas gostamos bastante do resultado estético e foi aceito pelo público.

Como é o seu modo de operação, desde o primeiro contato com o cliente até a apresentação do projeto?
Varia muito de acordo com o tipo de projeto e a necessidade do cliente. Mas, normalmente, a pessoa entra em contato, encontrando meu nome, geralmente, por indicação ou na internet. Inicialmente converso com este cliente por WhatsApp ou outros meios digitais para tentar entender o que ele precisa. Depois faço uma reunião para apresentar a proposta com o que eu acho que posso ajudar, tento explicar tudinho. Com a proposta aceita, começamos o projeto e partimos para a parte dos estudos. Com as ideias apresentadas, o projeto começa a ser feito a várias mãos, porque é aí que o cliente começa a contribuir também e tudo vai sendo moldado aos poucos.

Qual a importância para Cuiabá de um novo lançamento como o bairro Vinhedos, com sua estrutura inovadora?
Fico muito animada e feliz com o surgimento de novas construtoras, porque com elas é possível quebrar paradigmas, inovar. Gostei muito da estrutura do Vinhedos, com os espaços bem planejados, pensados. Faz com que as pessoas usem mais esses espaços ao ar livre e acaba até trazendo mais segurança para a cidade como um todo. Quem dera houvesse mais ambientes assim na cidade. Parece que será uma estrutura de condomínio fechado, bem de qualidade mesmo. Estou ansiosa para ver mais detalhes do projeto.

O que eu gosto na arquitetura é essa coisa multi, plural, nunca fazemos a mesma coisa. Mesmo que se faça apenas projetos residenciais, por exemplo, você já tem uma gama de trabalhos, porque cada cliente é diferente. 

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