Idosos e os benefícios tecnológicos das smart cities

Idosos e os benefícios tecnológicos das smart cities

Áreas como mobilidade urbana e infraestrutura passam por soluções inovadoras, auxiliando no cotidiano de pessoas com idade acima de 60 anos

São inúmeros os benefícios trazidos pelos avanços tecnológicos das smart cities aos idosos. Esta parcela populacional aumenta em todo o mundo e as soluções tecnológicas das cidades inteligentes serão, cada vez mais, necessárias, principalmente em áreas como a mobilidade urbana e a infraestrutura.

É notório que a maioria das cidades atuais não conta em seus respectivos planejamentos no acesso dos idosos e das demais pessoas com dificuldades de locomoção. A capacidade de circular livremente, sem barreiras que inviabilizem a mobilidade das pessoas, é um elemento fundamental na inclusão social dos idosos.

No Brasil, atualmente, o número de pessoas acima de 60 anos soma 32,9 milhões, ou seja, 15,7% do total da população, com projeção que este número alcance 38,5 milhões até o fim desta década.

Por isso, as soluções providas pelas smart cities têm como objetivo uma maior facilidade na mobilidade, como, por exemplo, com a integração dos transportes, os chamados modais, o que se reflete em melhores condições de saúde e na vida social dos idosos.

Número de idosos no Brasil

No Brasil, atualmente, o número de pessoas acima de 60 anos soma 32,9 milhões, ou seja, 15,7% do total da população, com projeção que este número alcance 38,5 milhões até o fim desta década.

Para 2042, espera-se, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que esta parcela populacional represente 24,5% dos brasileiros (57 milhões). O número de pessoas da chamada terceira idade que moram sozinhas também é cada vez mais representativo, chegando a 14% da população acima de 60 anos, de acordo com o IBGE.

Isto demonstra que uma quantidade significativa de pessoas da terceira idade no país não conta com algum familiar, ou ao menos morador da mesma residência, para ajudar em tarefas básicas, como fazer compras no supermercado ou se deslocar por médias e longas distâncias.

Uma outra observação necessária sobre o avanço tecnológico das smart cities para os idosos é a inclusão digital desta população.

Potencial tecnológico para idosos em smart cities

Mais do que necessitar de um círculo de solidariedade dos mais novos, os benefícios tecnológicos das smart cities precisam ser utilizados com todo o potencial para o bem-estar e a criação de soluções sustentáveis. E essa melhoria da qualidade de vida requer planejamento e implementação de tecnologias das smart cities para a terceira idade.

O papel fundamental das inovações tecnológicas será refletido na melhoria das casas e dos espaços urbanos no qual a crescente população idosa viverá. As soluções variam da alta tecnologia, com aplicativos voltados para o sistema de transporte, até simples modificações arquitetônicas, com a colocação de rampas permanentes nas calçadas. Muitas vezes, essas inovações são combinações engenhosas dos dois tipos, com cadeiras elevatórias e elevadores.

Um movimento neste sentido, feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é o “Guia Global: Cidade Amiga do Idoso”, também chamado Cidade para Todas as Idades. O programa foi criado em 2010 e reúne mais de 500 cidades em 35 países. O objetivo da OMS é motivar a promoção de mudanças em áreas como: acessibilidade, mobilidade urbana e saúde para a população acima de 60 anos, consequentemente, melhorando a vida da população em geral.

Elevador para cadeira de rodas

Inclusão dos idosos e os benefícios tecnológicos das smart cities

Uma outra observação necessária sobre o avanço tecnológico das smart cities para os idosos é a inclusão digital desta população. O uso de aplicativos e demais dispositivos não pode ser uma barreira e os softwares precisam ser simples e descomplicados de navegar, além do desenvolvimento de planos de capacitação voltados para a terceira idade.

A utilização do sistema IoT (Internet of Things, em português Internet das coisas), sistema de dispositivos físicos que recebem e transferem dados por redes sem fio, pode ser incorporada para ajudar os idosos em aparelhos como postes de iluminação ou bancos com inteligência artificial, com avisos de qualidade do ar e previsão do tempo, por exemplo. Outros dispositivos, como semáforos inteligentes e a sinalização digital, também devem ganhar adaptações inteligentes no amparo à mobilidade urbana e a conexão dos idosos com os benefícios dos avanços tecnológicos das smart cities.

Vinhedos, o melhor lugar para a terceira idade

O bairro Vinhedos traz diversas inovações aos futuros moradores. A região terá todos os benefícios tecnológicos de uma smart city, com especial atenção para a mobilidade urbana e para a qualidade de vida, com áreas verdes e espaços para exercícios ao ar livre.

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